segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Devaneios...

Devaneios

Depositei meus tristes olhos
Nos degraus de sua porta
Minha alma é mesmo assim
Às vezes viva, às vezes morta

Entreguei meus lindos sonhos
Aos desejos do acaso
O amor é sempre assim
Ora é profundo, ora tão raso

Contemplei a imensidão
Com olhar de um menestrel
O coração no peito hesita
A garganta é puro fel

O que vejo não me espanta
O que rola em teu rosto
Corpo quente, fria alma
É alegria ou desgosto

O amor é tão sublime
Morre e brota a cada instante
É levado pelo vento
Um eterno viajante

Folhas mortas buscam o chão
Anunciam o outono
Minha mente em devaneio
Não mais dorme, perde o sono

Recolhi meus tristes sonhos
Do portal de sua vida
Minha alma é mesmo assim
Sonhadora e combalida.

João Bosco de Almeida Wiermann