domingo, 23 de setembro de 2012

Literatura

      Semana passada, finalizei a leitura de dois livros: “Pássaros de vôo curto”, do mineiro de Januária, Alcione Araújo e “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway, escritor norte-americano da chamada "Geração Perdida".
      No primeiro livro, Pássaros de vôo curto, o autor nos  apresenta uma cantora lírica que excursiona pelo interior do país; um pianista americano que desembarca no Brasil na época do fechamento dos cassinos e decide ficar mesmo assim; um inglês que vem trabalhar no Brasil e se apaixona por uma imigrante italiana. Em um romance cujas histórias transcorrem no decorrer de várias décadas, Araújo apresenta um país multifacetado, onde a vida de vários personagens de origens distintas se cruza.
E o mais legal na obra de Alcione é que boa parte da história se passa em Minas e, mais especificamente, na Belo Horizonte das primeiras décadas do século passado!
O livro relata ainda a passagem dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial, na épica batalha de Monte Castelo, em solo italiano, onde nossos expedicionários venceram as forças nazistas.
       “O velho e o mar”, de Hemingway, narra a história de Santiago, um velho pescador cubano que após ficar 84 dias sem pescar nada, promete acabar com a sua onda de azar. Quer provar aos outros e a si mesmo que ainda é um bom pescador. É em completa solidão que ele travará uma luta de três dias com um peixe imenso, um animal quase mitológico, que lembra um ancestral literário, a baleia Moby Dick.
À medida que o combate se desenvolve, o leitor vai embarcando no monólogo interior de Santiago, em suas dúvidas, sua angústia, sentindo os músculos retesados, a boca salgada e com gosto de carne crua, as mãos úmidas de sangue. Por fim, o peixe se dobra a força do pescador. Mas a vitória não será completa - surgem os tubarões e roubam o troféu do velho pescador cubano.
Como sintetiza a editora Civilização Brasileira na capa traseira do livro: “Uma obra prima da literatura contemporânea, dotada de profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a que a vida o submete.”


Boa leitura a todos!
Abs,
Amaury