sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Funeral de Chopin

         Semana passada finalizei a leitura do ótimo “O Funeral de Chopin”, da escritora americana Benita Eisler. Goste você ou não do compositor polonês, a leitura se faz obrigatória para quem quer conhecer um pouco da história de Paris do século XIX, da efervescência artística e cultural que preenchia todas as lacunas da sociedade francesa do período.
         O livro começa com o auto-exílio de Chopin, que deixa sua terra natal então ocupada pelos russos, rumo à promissora Paris dos artistas, dos saraus e dos grandes concertos. Mas o grande mérito da obra acontece quando a personalidade do músico é esmiuçada pela escritora.
           Utilizando-se de uma vasta bibliografia – que inclui cartas de Chopin e George Sand, sua amante – Benita Eisler discorre com maestria sobre os quase vinte anos de Chopin em Paris, de seu apogeu nos salões parisienses a sua morte desamparada e carente nos braços de sua enteada Solange.
            Contemporâneo de vários artistas na cidade das luzes, como Liszt, Delacroix, Berlioz além da própria Sand, a mais polêmica escritora da Europa, Chopin foi, no dizer muitas outras celebridades, “ O único e verdadeiro artista”.